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Entenda A Política Nacional De Recursos Hídricos

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19/4/2024
Tempo aproximado de leitura:
4 minutos

A água é um dos recursos naturais mais importantes para a manutenção da vida no planeta. Por isso, sua preservação está entre preocupações mais importantes de governos, empresas e consumidores que desejam um futuro sustentável e equilibrado para as próximas gerações.

No Brasil, uma das principais ferramentas para a gestão do uso da água é a  Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH). A seguir, veja quais são seus objetivos, princípios e instrumentos.

Qual é o objetivo da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH)?

A Lei nº 9.433/97, conhecida como Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), foi criada para estabelecer princípios, diretrizes e instrumentos para a gestão das águas no Brasil. Entre suas recomendações mais importantes, podemos destacar as seguintes:

  • estabelecer uma gestão integrada e participativa dos recursos hídricos;
  • garantir o uso múltiplo e sustentável da água;
  • recuperar e proteger as fontes de recursos hídricos;
  • garantir a utilização racional da água para consumo humano e dessedentação de animais.

A PNRH está alinhada a algumas determinações da Constituição Federal. O Artigo 21, por exemplo, estabelece que a União é responsável por “instituir um sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso”.

Já o Artigo 225 aborda o “direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado” e impõe “ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

Quais são os princípios da Política Nacional de Recursos Hídricos?

A Política Nacional de Recursos Hídricos estabelece sete princípios para nortear todas as ações e decisões relacionadas à gestão da água. São eles:

1. A água é um bem de domínio público

Por ser um recurso natural pertencente a toda a sociedade, a água não pode ser privatizada e é fundamental garantir acesso a ela para todos os cidadãos, independentemente de sua condição social ou econômica.

2. A água é limitada e tem valor econômico

Como a água é um recurso natural finito, deve ser utilizada de forma consciente e responsável. Devido ao seu valor econômico, a cobrança pelo uso é uma forma de incentivar a adoção de práticas sustentáveis.

3. Uso prioritário em situações de escassez

Em situações críticas de escassez, o recurso deve ser direcionado, de forma prioritária, ao consumo humano e a dessedentação animal, garantindo o acesso à água potável para todos.

4. Gestão descentralizada e participativa

A gestão dos recursos hídricos deve envolver diversos setores da sociedade e garantir a participação efetiva dos usuários para favorecer o desenvolvimento urbano sustentável.

5. Bacia hidrográfica como unidade territorial

As bacias hidrográficas são reconhecidas como unidades territoriais para implementação da PNRH. Isso ajuda a estabelecer uma gestão integrada e sustentável da água em todo o país.

6. A qualidade e a quantidade da água é afetada pela ação humana

Como a ação humana pode interferir nos parâmetros de qualidade da água e em sua disponibilidade, é fundamental adotar medidas para garantir a proteção e preservação desse recurso.

7. Gestão integrada a de outros recursos naturais

A gestão dos recursos hídricos está intrinsecamente ligada ao uso do solo e de outros recursos naturais, algo importante para assegurar a exploração segura do meio ambiente em todas as atividades.

Quais são os principais instrumentos de PNRH?

A Política Nacional de Recursos Hídricos estabelece uma série de instrumentos para otimizar a gestão coletiva dos recursos hídricos no Brasil. Entre os principais, podemos citar:

Planos de Recursos Hídricos

Os Planos de Recursos Hídricos são documentos técnicos que trazem diretrizes, metas e ações adequadas para a exploração de uma bacia hidrográfica. Sua elaboração deve envolver os governos, a sociedade civil e os usuários.

Classificação dos corpos de água

Os corpos de água são classificados de acordo com aspectos físicos, químicos, biológicos e hidrobiológicos, os quais determinação para quais usos eles são adequados. A Resolução Conama n° 20 de 1986 estabelece nove classes divididas em 3 grupos:

  • águas doces (classes especial, 1, 2, 3 e 4);
  • águas salinas (classes 5 e 6);
  • águas salobras (classes 7 e 8).

Outorga dos direitos de uso dos recursos hídricos

Os interessados no uso dos recursos hídricos devem solicitar autorização ao órgão gestor da região. É necessário explicar uma série de aspectos relevantes, incluindo:

  • a finalidade do uso;
  • a quantidade de água a ser utilizada;
  • o período de uso;
  • o processo de tratamento de efluentes;
  • o local de captação e/ou lançamento.

A autoridade responsável avalia se o pedido é compatível com a disponibilidade de água na região e pode conceder o direito de uso por prazo determinado, desde que o usuário cumpra as condições estabelecidas.

Cobrança pelo uso de recursos hídricos

A cobrança pelo uso de água se baseia no princípio de que quem usa a água deve pagar por ela. Os recursos arrecadados devem ser destinados à gestão dos recursos hídricos e à conservação dos corpos hídricos.

Sistemas de informação sobre recursos hídricos

O Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH) é responsável por integrar informações sobre os recursos hídricos no país e reúne bases de dados diversas, incluindo:

  • Rede Hidrometeorológica Nacional;
  • Rede de Monitoramento da Qualidade da Água;
  • Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos.

Dessa forma, os gestores públicos têm acesso a informações sobre a disponibilidade hídrica em cada região, a qualidade da água e a forma como ela é explorada.

Como otimizar a gestão de recursos hídricos nas empresas?

Toda empresa que utilize água em suas atividades deve conhecer a fundo a Política Nacional de Recursos Hídricos e implementar medidas para a gestão responsável da água. Entre elas, podemos citar:

  • realizar levantamentos sobre o consumo de água em cada atividade para identificar oportunidades de redução do desperdício;
  • monitorar a qualidade da água utilizada nos processos produtivos para garantir a adequação aos padrões estabelecidos em lei;
  • obter os direitos de uso dos recursos hídricos necessários;
  • adotar práticas de gestão responsável, como a reutilização da água e o tratamento dos efluentes.
  • ter parceiros comerciais alinhados às diretrizes de sustentabilidade e proteção do meio ambiente.

Quer saber mais sobre o assunto? Veja algumas ações de preservação da água que sua empresa pode fazer hoje para reforçar o compromisso com a proteção do meio ambiente!

O futuro tem água de qualidade porque o presente tem soluções químicas inovadoras.

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